segunda-feira, 11 de abril de 2011

Análise de Anime - Anime - Parte 1

Astro Boy

       Não seria tão bacana começar o primeiro post da seção de animes e mangás simplesmente com a análise de qualquer obra a minha escolha, então, começarei um pouco diferente, falando do “anime” em si (em outra ocasião abordarei sobre o mangá).
       O termo “anime”, animê ou aníme; no Brasil, é a abreviação de “animation”, em japonês. Muitos designam este termo a animações japonesas, apesar de que, na sua terra natal ela seja denominada a qualquer animação, seja ela sendo do próprio Japão ou do exterior. Este termo foi dirigido a animação japonesa pelo seu público por ter características que a diferenciavam da animação tradicional áudio-visualmente, como os grandes e brilhantes olhos, traços, expressões e etc...

Chikara to Onna no Yo no Naka
      
 Porém, o status que o anime alcançou no mundo não foi tão rápido, como a ascensão do Japão logo após a derrota na Segunda Guerra. A tentativa dos japoneses em produzir uma animação data logo no começo do século 20, em 1917, um clipe de dois minutos, o qual um samurai experimenta sua nova espada. Então, em 1933, surge o primeiro anime com dublagem, o “Chikara to Onna no Yo no Naka”, que conta a história de um pai de família que trai a esposa devido ao seu porte físico, pois ela era bem maior que o marido.



Momotaou: Umi no Shinpei


O primeiro longa metragem em anime foi Momotarou: Umi no Shinpei, de 72 minutos, produzido em 1945. Como vocês podem ver, o filme data no final da Segunda Guerra, ou seja, como ele trata de navios, marinheiros e etc... ela serviu de propaganda a favor do Japão, pois o diretor foi Mitsuyo Seo foi ordenado pelo Ministro Naval na época para produzi-lo.
 


      
Hakujaden

Já em 1958, o gênero “anime” começa a ganhar os olhos do mundo com a produção de “Hakujaden”, o qual, para a época, utilizou o potencial tecnológico da animação japonesa ao limite, tendo uma menção honrosa no Festival de Filmes Infantis de Veneza, na Itália, em 1959. Porém, nessa época, exatamente em 1961, emerge o poder maléfico dos americanos em “adaptar” (pra não falar, retalhar) os animes, pois é nesse ano que o filme é lançado nos Estados Unidos, sofrendo adaptações, cortes de algumas cenas, mudanças em alguns personagens e a remoção dos nomes da equipe japonesa que produziu o filme, sendo considerado uma decepção aos olhos da produtora Global Pictures. Lógico que o fracasso não se deve somente à edição, pois creio que para a época ele tenha sido algo novo demais para as pessoas por ter vindo de uma cultura diferente.



       E então, em 1963, finalmente o anime conquista o público do ocidente com a série “Tetsuwan Atom”(imagem do topo do post) ou, como todos o conhecem, “Astro Boy”(Imagem que leva o topo do post). A direção ficou por conta de, pelo então considerado Deus e Pai do mangá Ozamu Tezuka, que inclusive é o criador e desenhista da obra, que já adotava uma estética diferente dos quadrinhos ocidentais, com os olhos grandes e brilhantes e os cabelos espetados. 

       Semana que vem começarei com uma análise de verdade, de Katekyou Hitman Reborn.
       Até mais!

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