sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Análise: Naruto, Capítulo 665 "Meu eu de agora" (Mangá Review)

A montanha russa chamada Naruto.
Logico que Naruto não chega a ser um Bleach da vida - Aliás, é um erro definir o mangá "Alvejante" como uma montanha russa, porque querendo ou não, a montanha russa até em seus momentos "baixos" continua tensa, o que não é o caso de Bleach que não é tenso em nenhum momento... Deste modo podemos definir o mangá como um mangá bipolar que vária entre bom e ruim em um piscar de olhos.

Não, está review não foi criada para meter pau em Bleach (Ainda criarei a coluna onde dedico meu tempo a cuspir meu ódio sobre Bleach e Fairy Tail, liberando toda minha amargura que é causada pelo fato de eu ser um homem que não tem nada para fazer além de criticar uns mangás aleatórios), essa review foi para comentar sobre esse capítulo de Naruto que define muito bem como está sendo essa guerra.

Começamos o capítulo com uma bela explicação de como surgiu o chakra e sua função inicial - De fato essa era uma dúvida que dominava os leitores, agora com Madara explicando tudo certinho deu para entender perfeitamente o que o Rikudou Sennin planejava quando distribuiu tamanho poder.

Fazendo um paralelo com a realidade, me lembrou muito Einstein com a radioatividade ou mesmo Drummond com os aviões... Invenções que foram inicialmente pensadas para o bem, no final, pela ganancia do homem em querer mais, foi utiliza para a guerra e a destruição.

Pouca gente reparava, diz que Naruto não é um mangá profundo, de fato não chega a ser tão profundo como vários outros, mas o mangá há vários paralelos com a nossa realidade... O mundo ninja foi o modo que Kishimoto criou para do seu jeito criticar a realidade que o circundava. 

A ambição de Madara é compreensível... Ele não é um vilão por completo, essa é a verdade. O emo master é só mais uma pessoa que teve sua familia, seus sonhos, sua realidade destruída pelos homens que a dominam, que a manipulam... Ele simplesmente parou de acreditar na humanidade...

Na bíblia, Deus chegou a conclusão que os homens sempre tenderão a maldade, por isso não adianta mais puni-los com um milhão de dilúvios, é inútil... É mais ou menos o que Madara pensa, ele não acredita que a realidade possa ser vivida, o ser humano tenderá sempre a utilizar a sua força para provocar guerra, discórdia, o mal... Deste modo o único modo é criando um paraíso.

Após este momento que me fez refletir muito sobre a realidade, as ambições de Madara, sobre se é possível sim fazer uma humanidade melhor, tivemos uma sequência de páginas que me incomodaram. Primeiramente, o nosso vilão principal se tornou extremamente burro, baixou a guarda pela segunda vez em dois capítulos (Já não basta perde do nada as armas do Rikudou Sennin né?) e deixou Obito golpea-lo. 

A cena foi forçada, Obito foi cafona demais com suas frases Narutiana, tudo soou muito mal. Espero que Madara no capítulo 666, o capítulo do capiroto, volte a utilizar a inteligência, juntamente com a força, e mate de vez Obito.

O problema desta guerra é que Kishimoto está exagerando demais na presença de Obito e todo o drama que está atrás dele. Mesmo com a história não colando de nenhum modo, demonstrando-se fraca e chata, Kishimoto continua investigando no personagem, dando a ele cenas essenciais.

Deste modo, o que é chato, irritante fica voltando como um io-io, constantemente, deixando cenas interessantes como a batalha entre Minato, Kakashi e Madara insuportáveis. Kishimoto deve abandonar Obito de uma vez por todas.

Outro ponto que prejudicou o capítulo foi o Senjutsu de Minato, não é que ele não seja capaz de ter tal habilidade... O pai de Naruto é tão foda que conseguiria tranquilamente dominar o Senjutsu, o problema é que em nenhum momento isso foi citado em toda a história, nem no treinamento de Naruto (O filho do homem que controlava o Senjutsu). Espero uma boa explicação para isso, pois pareceu uma grande falha por parte do autor.

No final tivemos um capítulo interessante, com boas revelações, mas que peca pela insistência de Kishi em trazer esses dramas irritantes sobre amizade, fé e força. De fato, em poucas páginas o autor conseguiu jogar um bom capítulo fora.

De qualquer modo espero que o capítulo 666, faça jus ao seu número, e Madara incorpore o Beelzebub (#LutorForBeel) e meta a porrada em Obito, ensinando a ele deixar de ser tão chato e boiola. 

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