segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Shonen Jump Manga Competition: Analisando os Concorrentes (Primeira Parte).



Para comemorar o aniversário de 45 anos, a Jump criou uma competição I.N.T.E.R.N.A.C.I.O.N.A.L para eleger um mangá que terá seu One-Shot publicado no japão. Veja quem foram os 6 Finalistas dessa grandiosa (Ou não) competição:

Para quem não sabe, qualquer um poderia participar dessa competição (Tirando os próprios japoneses), por isso foi mandada para a Jump vários e vários One-Shots, que ela analisaram com cuidado e imparcialidade, e depois elegeram os 6 finalista para concorrem pelo voto do povo!

Os mangás foram: Sweatman de Fei ZiXuan (Taiwan), Golden Rabbit de Nick Kanoza (USA), Morning Star de Aitor Holgado (Espanha), BOOM de Docurro (China), The Team Before Daybreak de Yu YanShu (China) e El Viento Del Norte de Niu Zai (Taiwan).

Para ler os mangás acessem a página: https://mangaaward.shonenjump.com/index.php
Tem em várias linguagens, entre elas: Inglês, Japonês e Chinês.

Está análise será dividida em duas partes, cada uma analisando três mangás. Neste tópico analisarei os mangás: Sweatman, Morning Star e The Team Before Daybreak (Os mangás da esquerda). Todas análises serão mais completas possíveis, mas ao mesmo tempo curtas para não ocupar muito o tempo dos leitores!

Bem, vamos ao que interessa:

SWEATMAN (Fei ZiXuan)


O primeiro mangá a ser analisado vem do Taiwan. A história é bem básica, mas interessante: Um menino que sofria preconceito por ter o poder suar demais, ao encontrar um amigo (Em uma nova escola) que acredita no seu super poder, passa a aceitar a sua condição e desse jeito, a passa a ser amado por todos.

Assumo que inicialmente eu olhei todo para Sweatman, era muito drama idiota - O principal não conseguia praticar nenhum esporte por suar demais... Sua mão ficava tão escorregadia que não conseguia segurar um taco de beisebol, uma bola de basquete... Nada!

Deste modo ele foi descriminado por todos, por ser um completo inútil suador. Após mudar de escola, ele tentou esconder isso, até que encontrou um cientista doido dono de um clube que o força a entrar nesse clube - Este cientista doido acredita no Sweatman, e faz que ele também acredita no seu poder, conseguindo vencer o vilão no final do capítulo.

Em suma, se formos analisar meramente os fatos, o mangá é fraco. A sua comédia é bem escrachada, apostando em faces loucas e diálogos curtos com piadinhas. Não é um humor ao estilo Sket Dance, que são frases longas, com piadas sutis... o motivo do autor Fei ZiXuan é te fazer gargalhar. 

Assumo que em certo momento deu para dar uma risada, como a chuva de suor. A ação no capítulo é só um fato secundário para dar o climax, não foi nada de espetacular. Está claro que o mangá é uma comédia (Gag Manga), deste modo não precisa de batalhas super épicas. 

Já a arte de Fei ZiXuan é bonita, o seu traço não tem nada de especial, bem clichê, comum - Porém, mesmo assim há vários momentos bem bonitos de se ver no mangá, por exemplo na página, na batalha no telhado do prédio, quando o vento bate no protagonista, e o seu cachecol balança. 

Em suma, o mangá é mediano. Tem seus momentos engraçado, o protagonista tem um poder bem interessante e único, mas com piadas exageradas e sem graça, um drama relativamente fraco, eu não acredito que vale a pena serializa-lo, por isso, o mangá não ganhou meu voto. 

MORNING STAR (Aitor Holgado)


Mangá do espanhol Aitor Holgado, Morning Star conta a história de dois ladrões, Dorobov e Kiddo, que invadem uma dumba perdida em busca de dinheiro, e passam por mal bocados. Olha, eu te digo que essa história é MUITO, mas MUITO mais simples do que Sweatman, porém me agradou mais.

Primeiramente o que acha atenção é o traço do espanhol, é extremamente detalhista e sujo. Trazendo para nós leitores uma banho de qualidade em praticamente todas as páginas. Se ele fez tudo isso sozinho, com certeza passou mais de 1 mês desenhando incansavelmente o One-Shot!

Talvez por isso que Morning Star se torne tão respeitável, mesmo com uma história extremamente simples, pois dá para ver que o autor deu seu corpo e alma para desenhar cada uma das páginas. As batalhas, que houveram várias, ficaram magníficas por causa do detalhismo apresentado por Aitor Holgado.

Porém, nenhum mangá sobrevive de batalhas e traços - A história é importante, e infelizmente Morning Star tem uma extremamente fraca - Não há profundidade alguma no mangá, é tudo muito raso - Sim, ele tentou desenvolver um drama em relação a Kiddo ter sido um escudeiro anteriormente. O velho Dorobov até deu um discurso bonitinho sobre ser ladrão, sobre a vida.

Mas mesmo o discurso sendo bonito, o drama em sí foi clichê... Quantas vezes você já não ouviu a história sobre um menino certinho que decidiu virar assaltante na época medieval? Aposto que várias vezes. Esse tema é recorrente e não emociona mais ninguém.

O final foi até interessante, dando a ideia que o mangá pode ter continuidade. Se ele não ganhar este concurso, com certeza procurarei na internet para ver se o autor publicará uma continuação deste One-Shot, seria muito legal de acompanhar.

De qualquer modo, achei Morning Star mais interessante que Sweatman. E se fosse serializado, com bastante cuidado e desenvolvimento pode virar um mangá de respeito e famoso. Deste modo, eu acredito no potencial do Espanhol, Aitor Holgado, e Morning Star ganha o meu voto.



Chegamos ao último mangá deste modo: The Team Before Daybreak, do chinês Yu Yan Shu. Primeiramente gostaria de dizer que esses nomes chineses me fazem rir tanto, sim eu sou um besta... Agora vamos o que interessa, o mangá!

The Team Before Daybreak é um mangá extremamente interessante, a história sobre um vampiro que vive lutando em todas as guerras possíveis (Haha), para dar sentido a sua vida, e para também poder se alimentar mais facilmente.

Ao meu ver, entre Sweatman, Morning Star e Daybreak, o último é que tem a história mais profunda e emocionante. Eu de fato, fiquei comovido pela nulidade que se tornou a vida do principal - Se resumindo simplesmente a guerras.

Porém, ao conhecer um time que o entendia e que o ajudava, lentamente Roland foi perdendo o seu ódio pelos humanos e aprendendo a ama-los. No final vimos, que ele salvou aquela sua amiga (Transformando-a em Vampira, provavelmente.... Coisa que ele recusava fazer com os demais humanos) e finalmente deixou as guerras para viver uma vida normal.

The Team Before Daybreak, não é uma história sobre um equipe de guerra, mas sim sobre um vampiro que aprendeu a entender a vida por causa de uma equipe, que se tornou os seus amigos. É uma história profunda e interessante.

O traço de Yu Yan Shu não me agrada, não gosto muito desse estilo que lembra Vampire Knight (Ficou clara a inspirações do mangaká). As meninas amam, principalmente por passar um tom de fujoshi ao mangá... Porém mesmo não gostando do traço, assumo que a arte está ótima. Tem várias cenas bem desenhadas e bonitas, como por exemplo, a cena do mar de corpos sobre Roland. 

Tem seus defeitos? Sim. Primeiramente a história corre muito rápida, funcionaria perfeitamente como uma mini-série de 4 ou 5 capítulos, mas por ser um One-Shot tudo ficou corrido demais.

Merece o meu voto? Eu entrei em um dilema, o mangá merece sim ser publicado na Weekly Shonen Jump, porém não vejo força alguma para se tornar uma série, pois a história é curta e se fecha já no One-Shot. Deste modo, ficarei na torcida para ele ser publicado, mas não ganhará meu voto. Pois eu quero que o mangá que seja publicado, depois se torne uma série, e não vejo potencial para isso por parte de The Team Before Daybreak!

Próxima Parte:

Em no máximo 3 dias, publicarei a parte 2 (E última) desta análise dos concorrentes do Shonen Jump Manga Competition. Espero que você tenha gostado e deixe seus comentários!

Link da segunda parte: Aqui

7 comentários:

  1. O predileto dos 3 aí, foi disparado TTBD. A arte é bela, foi um agrado ao meus olhos AHUSAHSUASHUSHUA.

    Alem da historia ser bem interessante. Acredito que possa haver uma boa continuação do manga se for serializado na Jump, sobre ele vivendo após a guerra com suas lembranças entre outras coisas.

    Estou a espera da segunda parte.

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    1. De fato, você deu uma boa idéia para a continuação - Mas não me convenceu tanto assim, hehe.

      De qualquer modo eu entendo o seu ponto de vista.

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    2. Eu acho que se seguisse esse caminho iria desvirtuar a ideia do One-Shot. A história seria boa em uma mini-serie somente.

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  2. Dessa ves vc ñ explicou o que é a Weekly Shonen Jump como vc fas em toda vez que sita a revista ssakoasokaoaskoas

    boa review leo, pena q n sei ingles para ter uma opiniao

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    1. Verdade. Bem pelo menos você poderá saber um pouco dos mangás pela review!

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  3. Ainda não li o terceiro on-shot, mas tenho uma visão diferente quanto a alguns pontos de Sweatman e Morning Star.

    Concordo que também achei a primeira história muito idiota e que de fato parece que a intenção é fazer rir, mas não achei tão fraca assim. Ela com certeza teria uma boa continuação se chegasse a ser serializada e seria cômica no estilo de One Piece. No entanto, concordo que as piadas são clichês; mas convenhamos que a maioria das histórias usam clichês. Em um mundo com tamanho compartilhamento de informações e trocas culturais é difícil ver uma história sem clichês. Na verdade, o que importa é como o autor (ainda não descobri se Fei é homem ou mulher, então deixo na "incógnita", rs) trabalha, e achei que o fez de forma eficaz. O problema (e aí concordo novamente) é que as piadas ficaram exageradas (mas não fracas!) e o pulo do drama para a cena de luta foi muito rápido! Fiquei me perguntando como raios o garoto conseguiu aprender a usar (e naquela potência) os seus poderes sem ter tido treino algum! Se tivesse alguma explicação (mesmo que boba), talvez o leitor não tivesse que ser forçadamente convencido a aceitar que a vida foi seu treino, rs. O outro problema do clichê é que a história ficou muito parecida com Katekyo Hitman Reborn!, com a diferença é que não há mafiosos (e aqui era a sacada da Amano), e sim super-heróis. Então, se fosse serializada, teria o risco de "imitar" Reborn! e ainda ficar com uma qualidade inferior.

    Quanto à Morning Star, concordo que o traço dele ajudou muito na história. Ficou um pouco sujo, mas o que mais gostei foi a forma como detalhou o cenário, e isso foi interessante. No entanto, o nome do protagonista é Qalim (http://gencomics.es/vota-aitor-holgado-en-el-concurso-internacional-shonen-jump/), e não achei a história tão simples assim. Talvez mal trabalhada, pois ficou na cara que a história se adaptaria mais a uma série longa, do que a um one-shot, mas concordando com você, se fosse serializada, com certeza faria sucesso. Mas considerando as limitações de página, espaço e etc, acho que o autor conseguiu fazer o melhor que pode para trabalhar os personagens no meio das lutas, e não deixou pontas soltas para o principal.

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    1. Valeu! Como você disse, Morning Star, diferente dos demais, não é um One-Shot, soa mais como uma introdução de uma história, que ao meu ver, teria tudo para fazer sucesso.

      Sobre Sweatman você me fez ver pontos que eu não havia visto, e concordo com tudo que você disse.

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